Conclusão Demente
Por mais uma vez, em tempo, estou em minha contemplação, observando a vida em volta. Sentindo o vento em meu corpo, em silêncio, sinto o pulso patético... o pulso sintetizado da saudade. O sentimento me acompanha para onde vou. Me encontro com ele na sala, na cozinha, na varanda... Não há entendimento. Ou será? A verdade me atormenta. Não consigo sorrir e por dentro, falo baixinho coisas para mim mesmo. Percebo tudo sem sentido, sentindo absurdamente, chegando a conclusão demente: Estou amando. Deitado, meditando, penso em ti. Lembro de nós em tempos amenos. “A menos que não nos entreguemos, há menos coisas a se fazer.” Unicamente, éramos. Iguais na forma de se manter. Verdadeira pureza, incrivelmente sincera. Somos assim, dois loucos inconsequentes. Loucos-livres-adolescentes. Nos tornamos adultos sim, descobrindo um ao outro. Agora estou no quarto, ainda falando baixinho coisas para mim mesmo. Penso em prosseguir no intuito de te amar, pois não imagino outra maneira de sonhar. Sonho acordado agora e sem querer, novamente, estou a te chamar.