ESPADAS...
Havia na noite um
prenúncio
de que tudo poderia
ser belo
se as afinidades todas
resultassem.
Numa extremidade
estavam pensamentos
mirabolantes,
e outros, não muito
distantes,
moldados nas raias
das formalidades.
No meio disso tudo...
ela estava
digladiando espadas
e vestida com couraça
protetora
que a impedia até
de pensar
numa vida diferente
e dinâmica.
As espadas e os barões
assinalados
e toda a vertente
de um saber omisso,
pois no uso das espadas
a mente embota-se.
Acordava de um sonho
quimérico,
e as espadas estavam
pelo chão...
e a dureza do aço nem
a empolgava mais.
Atirou sua couraça
e espadas
no mais fundo abismo
de seu ser,
e limpando as mãos,
apenas disse:
Sem espadas a vida
é muito melhor.
Sinto-me outra !
E então... no seu
travesseiro dormiu
um sono profundo.
E nem com espadas
voltou a sonhar.
Estava livre...
agora havia paz.
Enfim...
Acordara
finalmente !!!
Cássio Seagull
em 19-03-14 SP