Desejo de entender

Insisto no ser humano,
sempre o mesmo tema.
Despreso, admiro, analiso.
Piedade,não,não é bem isso.
Mas intrincados segredos,
que não chegam nem
a ser,estão a nossa frente
mas não percebem.
Se arrastam, e quase aos
pedaços caindo, procuram
em uns ou em outros
o que não conseguem
enchergar, o amanhã
ha o amanhã!
Não perceber que talvez
já não o tenha.
Perder todas as chances
todas as oportunidades.
Mas de que?
Deixar para depois.
Mas e o fim?
Mas tudo não é
o que se esperava
ou desejava.
Ambições desmedidas
e desnecessárias, pois tudo
já é tarde, ou o tempo
se foi, e não há
mais tempo.
Tudo em vão.
Nada explicado,
nada determinado
e tudo terminado.
Mas não se percebe.
Construir, possuir e
o vasio, sempre o vasio.
Palavras, palavras.
Carinhos, desejos,traições
tudo se mistura e tudo
não sei o porque.
É uma pena.
De onde viemos?
Para onde vamos?
Amar, sempre
amar.
E no fim mãos
vasias.
Abraços perdidos
no nada.
Sentimentos errados
direções erradas
e sempre a dúvida.
O despreso.
E uma inutilidade,
cheia de mentiras.
Repetir, repetir e
ir sem nada levar, para
onde?
E para que?
martamaria
Enviado por martamaria em 03/05/2007
Código do texto: T472914
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