Os céticos a denominam "febre",
àquele ardor que ferve, explode,
enrubesce as nossas bochechas.
É fogo fremente para os doentes, os doutores a chamam de virose.
Os leigos afirmam ser uma combustão,
um vulcão em erupção, incandescente.
Tal catarse que se arrola no ciclo da vida,
eflúvio d'alma que incendeia o coração.
Outros, afirmam ser sentimento,
que corre azul nas veias,
feito cascata anelando a alma.
Os poetas a reconhecem nas entrelinhas:
Esta febre é unicamente,
o que deuses carregam, extravasam,
e os semideuses denominam de Amor.