A PONTE

A PONTE

Estruturada na coluna do tempo

Mesmo com seus ferros corroídos

É majestoso monumento!

Passo ao seu lado tantas vezes,

Larga-me um belo sorriso

Como a que cortejar-me

Por ter me servido...

Vaidosa, pousa para tantas fotos

Iluminadas pelo por do sol

Desejando boas vindas

Mesmos com teu surrado vestido...

Em segredos, guarda histórias

De um povo agradecido.

Quem já pisou em suas estruturas

Jamais terá esquecido...

Embora doente,

Faz-nos voltar ao tempo

A resgatar as histórias

Registradas em forma de monumento...

E ela, altiva se faz

Unido a ilha ao continente

Que solitária é guardada

Na memória de tanta gente...

Em cima, as gaivotas

Paridas em suas hastes

Tão solitárias, quanto,

Decorando nossa paisagem...

Embaixo, as ondas,

Às vezes apenas marolas,

Impulsionam os barcos

Na vastidão do mar...

E ela, majestosa,

Aproximando tantos continentes,

Não cabe nesse momento

Pela omissão dos homens

Sua vida abortar...

Se, ferros estão corroídos

As estruturas inseguras,

É hora de rever os projetos...

Não podemos apagar os velhos

Por seus ossos estarem em ruína

Pois num tempo como hoje

É a o amor que determina...

Podemos seguir os exemplos

De tantas outras histórias...

De irmãs medievais

Espalhadas pelo mundo

Que pela conservação resistiram ao tempo

Como cartões postais...

Compondo as novas gerações,

Cabe apenas a cultura

De um povo a não confundir,

O desgaste do tempo,

Com o descarte em sepulturas...

Sua identidade depende de homens bons

A preservar este monumento.

Não é apenas um cartão postal

Para embelezar nossa terra,

Mas, a parte de toda uma história

Que este povo alimenta...

Não pode um patrimônio histórico

Ser tombado pela ignorância

E ser motivo de tantos conflitos

Envolvidos por ganância.

Suas torres já nem tão jovens,

Elevadas de blocos de coragem

Suas pistas de rolamento

Seus cabos de sustentação...

São estruturas necessárias

Para manter qualquer edificação...

E as irmãs medievais que resistem a qualquer tempo

Espalhadas pelo mundo

Podem nos servir de exemplo.

È possível resgatá-la

Sem sucumbir-se ao descaso

Como pórtico de nossa chegada

Este majestoso monumento.