PARALELAS DA VIDA
(Pros/Poét/16)

     É possível  ainda lembrar, com  a sobriedade  que me se reserva de todo um trajeto inócuo e fatigante e com o abastamento dos dons conferidos,  de alegrar-me  veementemente aguardando a  aurora companheira confidente,  pois ela me aninhava  nos sonhos  de um sonhar secreto e feliz, feito por um caminho de neon e de aromas todos, onde só o momento faz parte na succção do néctar, da ambrosia embriagante, da hora divinal em suprema harmonia do calor da pele, da elevação  do instinto sem pudores, entrelaçado, sem sequelas do depois;  e... então ... os primeiros raios de sol procuravam a minha retina, matutina e virgem, para o novo dia olhar e vê-lo brilhar e recomeçar.
Num caminho definido, em paralelas, ou indefinido...  há, apenas à frente,  a visão de duas paralelas, lisura da vida.



 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 07/03/2014
Reeditado em 13/06/2019
Código do texto: T4719381
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