Filho da culpa

Fiz certo

Fiz errado

Fiz bonito e fiz feio

Fiz assim e fiz assado

Fiz com medo e alegria

Fiz em paz e fiz em guerra

Fiz com ódio e com amor

Naveguei por muitas águas procurando o grande autor

Na verdade já nem sei, o que fiz e quem eu sou

Tanto tempo já passou e o presente ainda me assusta

O futuro não se ajusta aos meus próprios sentimentos

É por isso então que eu digo, ou melhor, indago

Quem de fato é culpado?

Quem me deu este poder?

Quem me fez questionador?

Quem me trouxe a este mundo?

Foi parteira ou foi doutor?

Quem plantou em mim o ódio, e o amor ao mesmo tempo?

Eu só sei que estou aqui, que sou fruto do desejo, da paixão e do delírio

Sou uma gota de colírio que em luz se transformou

Sou o pus de uma ferida que se abriu e não fechou

Sou parte de uma vida ou da reencarnação

Sou a carne comprimida, sobre o corpo e a razão

Sou culpado e inocente sempre em busca do perdão

Nesta história eu sou o sujeito

Sou a causa e o efeito, e também a conclusão

Fiz o certo e o errado

Fiz feio e fiz bonito

Fiz assim e fiz assado

Fiz com medo e alegria

Fiz em paz e fiz em guerra

Fiz com ódio e com amor

Quem de fato é culpado?

Quem me deu este poder?

Quem me fez questionador?

Quem me trouxe a este mundo?

Foi parteira ou foi doutor?

Quem plantou e mim a dor e o amor ao mesmo tempo?

Eu só sei que estou aqui, que sou fruto do desejo, da paixão e do delírio

Sou uma gota de colírio que se transformou em luz

Sou o pus de uma ferida que se abriu e se fechou

Sou a parte de uma vida ou da reencarnação

Sou a carne comprimida, sobre o corpo e a razão

Sou culpado e inocente a esperar pelo perdão

Nesta história eu sou o sujeito

Sou a causa e o efeito, e também a conclusão

Sou a fera e a ferida

Sou um ser em construção

Sou um simples passageiro

Um escravo do dinheiro

Prisioneiro da ilusão

Sou a luz no fim do túnel

O adeus, e a solidão