Diálogo de estrelas
E se eu disser que por alguns segundos, o mundo me chegou aos olhos, aos tremores do corpo e ao grito. Deverias crer? E se isso não fosse verdade, em nada mudaria o universo. Se te disser que palavras semelhantes a essas, já foram por outra, citadas... Teriamos que invalida-las? Me alimento da poesia e a vomito, como se algo fizesse o mesmo comigo. Queimo e sinto nisso um prazer que é divino. Como se pudesse encontrar o brilho de algo muito maior que a mim. Como um reles ser humano.Arrepio mais uma vez. E nas ondas do mar, no vento que sopra, nessa terra que parece querer desabar a qualquer momento e nesse fogo que me mantém acesa. Só digo que sim, somos partes de um mesmo meio.
Então perco o medo da morte e me vejo estrela. Riscando o infinito e ao mesmo tempo sendo quase menos do que um grão de areia da praia. Que se molha e logo se torna tão seco, esturricado e vazio. Até o próximo encontro. Assim, já sem palavras para prosseguir, condeno-me aos olhos cerrados, o corpo entregue aos estofados e ao descanso do vivos. à parte que me cabe desse meio nosso.
Não sei definir