Ah, o amor!
Uma vez eu disse em um de meus textos que não é verdade que o amor só acontece uma vez na vida. Minha justificativa foi que se alguém é capaz de amar uma vez, quer dizer que o amor existe dentro dessa pessoa e ela só precisa transferi-lo para outro alguém. E em pleno carnaval eu digo que eu tinha razão e tal pensamento condiz com a minha realidade. Eu pude comprovar que o amor é infinito. Quando tudo parecia frio, quando a última gota do sumo da esperança havia sido derramada, ele veio como quem não tem pressa de viver, de peito aberto, confessar tudo o que sentia. E eu, no começo ainda com um certo temor, pelas cicatrizes recém fechadas, fui percebendo que ele era verdadeiro. Senti uma enorme admiração por esse jeito de expor seus sentimentos, sem medo, entregando o seu coração na minha mão, sem pedir para eu cuidar. Senti a paz e a tranquilidade que a energia positiva dele me transmitia. Tão simples é amar, tão fácil ver um brilho no olhar e sentir que isso nunca vai acabar. E não importa a aparência, não importa o poder, não importa o status. O amor não mede isso. O que importa é o bem querer, é como dizia Vinícius, é querer estar perto, se longe e mais perto, se perto. São as horas feitas de abraços, de beijos, de cafunés, de um carinho sem fim. É o aperto que dá no peito na hora da despedida. É a vontade dele de se alojar no trabalho, porque é mais perto da minha casa. É enxergar um longo caminho pela frente e nos ver caminhando juntos e lutando por nossos sonhos. É adotar três peixinhos beta e um Bull Terrier como filhos, assim como dar um pai para a minha filha. E sonhar em um dia dar um irmãozinho para ela. Amar é fazer planos, sem nunca pensar em largar as pontas. E a felicidade é reflexo desse tão sagrado sentimento.