Dor
Ela se manifesta na latente do meu espírito e invade cada nervo do meu corpo, destruindo qualquer sinal de tranquilidade, me levando a estado de emergência! Meu grito rasga minha garganta e mesmo assim não sai nenhum ruído, a voz do alívio parece tão distante que mal consigo ouvi-la. Dor sem remédio, sem alento, sem esperança, talvez sem fim. Que desespero! Minha vontade é dilacerar minha pele, esfaquear os órgãos, quebrar os membros, pular num abismo, me esconder na escuridão. Na escuridão que acolhe e não revela o reflexo atormentado, estou sendo tentada por minha pele que deseja ser rendida. Sem produzir nenhuma lágrima meus olhos choram de vazio! e do vazio eles insistem em ver qualquer sinal de luz incerta para decepar a carcaça desgastada pelos momentos de profunda solidão.