Somos Farinha, Não Temos Saco

Ouça-me

E dois beijos ralados a escumar

Sábios

Dos que não possam ter, azeitamos nosso paladar.

Esquifes perdulários pelas noites afora

Sentimos nós, pedra no palato

Cancro em nossa história.

Um bem onde não ocorre rusga

De posse em poça, nada muda sua fé

Incoerentes e inconseqüentes que somos.

Marchamos nós, então, funebremente, sobre os versos

Imersos em maresias

Réus na borda da escadaria, que nos faz olvidar.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/04/2007
Código do texto: T470282
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