Somos Farinha, Não Temos Saco
Ouça-me
E dois beijos ralados a escumar
Sábios
Dos que não possam ter, azeitamos nosso paladar.
Esquifes perdulários pelas noites afora
Sentimos nós, pedra no palato
Cancro em nossa história.
Um bem onde não ocorre rusga
De posse em poça, nada muda sua fé
Incoerentes e inconseqüentes que somos.
Marchamos nós, então, funebremente, sobre os versos
Imersos em maresias
Réus na borda da escadaria, que nos faz olvidar.