F A S C I N A Ç Ã O...


Por que tardas em vir; oh felicidade!
Sinto-a longe quando a rajada galopa
E em meio da noite; no Céu... No oceano!
Hei de encontrar-te talvez no leito adormecido
E direi sois meu... Como num sonho
Repetirás és minha, em sonhos mil!
Faremos com que o mundo se transforme,
Amemos! Pois, se sofres terei teus prantos,
Farão dos prantos um mar ufano!
Encontremos os doces rumorejos d´ave do coração

E com a porta do amor entreaberta, e a cabana erguida!
Por que do meu olhar brotam enternecidos
Tudo que me vem na alma, o oceano de clamor!
Ninguém conhece o meu clamor incólume!
Nele eu canto... Choro, a minha proeza;
Eu vivo a seguir devagarzinho a vida,
Encantada primavera, espiritual... Apenas!
Sofro, bem sei! Más tudo isso passa;
Sofrerei mais o quanto necessitar
Por que só dele conseguirei colher a paz!
A minha estrela... E colherei a flor

Nada me importa que seja longo ou breve,
Deus o pôs! Ninguém mais há de dispor
Se ele é fogo que em meu peito acenda
E se for gelo encontrará guarida.
Conto os meus dias pelas horas felizes
E as minhas noites pelas estrelas ofuscantes!
Nunca pelos sofrimentos passados!
Que um por um, ao longe foram lançados
E hoje! Amo-te... Amo-te oh felicidade

Vivo cantarolando e feliz eu sou...
Eu tenho n´alma os faunos da pupila
A beleza heróica, em mim há luz que cintila
É tanto a glória que me encaminha... Tanto!
Que ouço ao longe oscilando ao tom das auras!
A ilusão de um cantar na alma enternecida,
Me faz sentir que afinal o destino...
Fez-me encontrar em ti a sombra
Que tua voz terá sons de violino
Que nos dará
A linda canção do amor!

(_03/2006)