RESILIÊNCIA
Um fino grão de areia
Indefeso na rua...
Encontrou-se com o vento
Em tempestades nuas e cruas...
Desumano e malvado,
Derrubando tudo que via...
Transportava o grão de areia
Em suas ventanias...
E o pequeno a perder-se
Assim como seus outros irmãos...
Reviravam-se nos cantos
E juntos davam-se as mãos...
Era assim todas às vezes
Que a tempestade se anunciava...
Voando as areias
Como se elas tivessem asas...
E o tempo foi passando,
E as areias naquele canto
Acumulavam-se...
De repente se observa
Que naquele amontoado
Uma pedra firme e forte
Já havia se formado...
E assim as edificações
Começaram a surgir
Depois que um simples grão de areia,
Firmou-se em suas andanças...
Nem o vento entendeu
Aquela construção...
Mas, ficou claro que depois tempestade
A vida se acomoda...
E o sofrimento já nem tão eminente,
Abre espaço para as reconstruçao.