"LABIRINTOS ..."
Ela tinha olhos distantes
que sempre me enganavam
diante de seu drama.
Fazendo de Segunda à Domingo
o fim do mundo.
E teus lábios eram como labirintos,
atraiam meus instintos mais sacanas.
E eu que sempre falei nem pensar,
estava lá com o coração na mão,
entrando em sua dança de cigana.
Cometendo os erros mais vulgares,
erros que me perseguiam a noite inteira
enquanto sobre a mesa meu vinho barato,
e meu cigarro faziam companhia para minha solidão.
Como testemunhas minhas frágeis unhas roídas,
tudo por culpa dos meus crimes sem perdão.
Nem sempre se pode ser sincero,
como ousei ser.
E nada me tirava os labirintos em que me perdi,
as pistas que seguia todo dia da semana.
E aquele olhar sempre distante,
hoje, não mais me engana.
O que eu falei foi sem pensar...
OBS.:
Texto inspirado na música "Refrão de Bolero" da banda Engenheiros do Hawaii.