Fim de festa

nas mesas vagas, entre vinho e cidra

a luz da lua é companhia certa

olhares ébrios e sorrisos de alegria

pinturas certas de uma cena secular.

Estão borradas toda a maquiagem

e os versos do poeta que se empolga estão lá!

em brados retumbantes, surdos, loucos, variantes,

pelo palco que não tem mais outro alguém.

A linda morena que dançava solitária,

as suas lágrimas rolaram de emoção,

só de lembrar de seu amor que lhe deixou ali tão só

dançando solta, vaga no salão!

Lastimação!

Do outro canto não tão menos solitário

O bom boêmio tira sons de uma viola abandonada

fazendo jus ao seu dom de criar solos

embala a noite que amanhece

entre os que ficaram ali

num clima melancólico de cores furta e gris.

E o raio do astro sol envergonhado se apresenta

É o fim da festa,

vamos lá!

Lais L S
Enviado por Lais L S em 11/02/2014
Código do texto: T4686373
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