Fim de festa
nas mesas vagas, entre vinho e cidra
a luz da lua é companhia certa
olhares ébrios e sorrisos de alegria
pinturas certas de uma cena secular.
Estão borradas toda a maquiagem
e os versos do poeta que se empolga estão lá!
em brados retumbantes, surdos, loucos, variantes,
pelo palco que não tem mais outro alguém.
A linda morena que dançava solitária,
as suas lágrimas rolaram de emoção,
só de lembrar de seu amor que lhe deixou ali tão só
dançando solta, vaga no salão!
Lastimação!
Do outro canto não tão menos solitário
O bom boêmio tira sons de uma viola abandonada
fazendo jus ao seu dom de criar solos
embala a noite que amanhece
entre os que ficaram ali
num clima melancólico de cores furta e gris.
E o raio do astro sol envergonhado se apresenta
É o fim da festa,
vamos lá!