Casinha Branca
Lendo Rousseau, em um trecho, “ A Vida no Campo”, sempre sonhei realizar esta idéia construindo uma casinha branca com janelas de venezianas verdes, do outro lado de um riacho atravessado por uma ponte... assim construí a casinha nas cores que o autor sonhava,”une petit Maison blanche avec de contrevent verte”... A poesia de Rousseau na prosa era encantadora, uma casa com pomar aberto aos transeuntes... Mas os sonhos de um autor nem sempre podem se materializar em outros sonhadores... A casinha que construí ali, com o tempo tornou-se solitária e silenciosa, tendo por audível somente o som das águas nas pequenas cascatas formadas pelas pequenas quedas do riacho...
Hoje, mudei a cor das paredes e afastei a idéia de uma alegria plantada sobre uma fria construção... Talvez seja porque eu esteja longe das idéias altruístas do filósofo suíço, e não tenha encontrado aqui as mesmas disposições vista por ele no século XVIII, embora, na verdade seu pensamento era de um avançado teor Cristão para aquela época.
Seja onde for e como for, um lar não é uma casa, uma casinha ou uma mansão, mas o local onde se comungue o amor de um casal em busca constante de se amarem cada vez mais!
Amar é um verbo transitivo!
Por fim, pus uma placa no portão: VENDO ESTA PROPRIEDADE.