Modernidade do Homem
Coração de aço. Cérebro de titânio. Chip eletrônico no comando. Armadura inexpugnável ...
Assim caminha homem dessa modernidade. Andar altivo sem hesitar em esmagar o solo onde pisa. Olhar fixo no horizonte qual uma flecha em busca do alvo...
Quem poderá deter este homem? Seta no calcanhar? Ou uma lágrima de amor de Penélope a corroer a estrutura do coração de aço???
Os mais colossais dos Impérios ruíram por pequeninas coisas. Uma lágrima de amor ou um pequeno ponto reluzente no firmamento do céu... Por si só são elementos capazes de trazer sanidade aos loucos ou loucura aos sãos. Pois a estrela, juntamente, com a lágrima de amor fazem eclodir um jardim suspenso no campo da transcendência espiritual, onde limite perde o sentido da palavra. E, onde o mundo, como mundo, não é senão um espelho invertido e distorcido de nossas verdadeiras glórias. No final, quem ganha todo Império é o pequenino grão de areia.
(Fábio Omena)