Quero
Quero,
livre da matéria
poetizar o encantado
o infeliz, o que ainda não foi poetizado
que se consome nas tristes paragens das horas...
Quero,
em pinceladas de artista
em contrapontos de esperança
criar uma peça
em cujo ritmo possamos
encontrar as mãos dadas
de criaturas em fraternidade, irmanadas...
Quero,
na caótica existência das guerras
olhar a vida nos seus encantos
perceber a lágrima de desencanto
quando Deus lá das alturas
vê na Terra, tanta gente "santa"
traçando planos de morte, de dor e
de trevas pela humanidade...