Voos
E tudo se vai sem deixar expectativas. O que tinha asas, voou. O que era para ser semente, talvez tenha florido e seus frutos se darão a conhecer em outros dias.
Sobraram as pedras. A frieza de uma tormenta que já não se finda.
As folhas se foram. Sempre inverno, mesmo quando o sol se destaca em escaldantes labaredas avermelhadas inundando de calor a tarde.
Sem promessas e o que soava eterno apenas deixou de ser o foco. Dissipou-se. Perdeu se em meio à confusão dos dias.
Aquela alegria, aquela pela qual se lançaria em queda livre, deixou-se ir em um final de uma tarde de verão. Uma tarde qualquer, uma tarde que levou a alegria quando em última vez foi ouvida a palavra que dá todo sentido. Aquela que permite a um sonho específico que aconteça.
.....
Hoje eu olho para tudo que me trouxe flores e choro. Choro a perda. Choro a partida. Choro todas as dores que o mundo inventa dia após dia. Sonho após sonho. Um sol após outro sol.
... e assim se vão as noites. Vazias de encantamentos e cintilar de estrelas. Só um coração quebrantado.
***imagens google***