Cidade Perdida!
Um suco gelado pra refrescar as idéias,
Tenho a necessidade de entender alguns fatos,
Só quero sentir na real,
A sensação sobrenatural que me invade.
Perder o que nunca se achou?
Achar aquilo que nunca se perdeu?
A criança em mim não cresceu,
Nem tão pouco se desenvolveu,
Empurrada as margens da vida, sempre substituída...
Na praça sentada ao anoitecer apenas para ouvir os pássaros,
A noite está escura, não permite vê-los,
Mas, meu coração escuta a solidão do seu cantar.
Percorrer os lugares onde você caminha, sem perceber,
Que os seus rastros são molhados pela chuva dos meus olhos...
Sem saber como e porque aqui estou,
Afinal escapou de mim aquela mulher equilibrada,
E foi em busca de uma resposta que talvez jamais encontre,
Qualquer coisa serve agora.
Eu preciso andar, andar sem pensar, apenas andar.
Enfim, perdi-me numa pequena rua, na encruzilhada da vida,
Só então, dei conta desse meu desatino,
Pedi ajuda a um desconhecido qualquer,
A noite já se fazia mulher.
Preciso voltar... A rodovia é o alivio,
A velocidade é como os mistérios do homem,
Não para para ser soletrado.
Enfim, a cabeça no travesseiro e o sono não vêm,
As indagações são as mesmas, resposta não tem,
Eu voltarei, não para vê-lo, isso não importa mais,
Eu só preciso entender, eu só preciso de paz,
Passear nas ruas encantadas,
Da cidade perdida do meu interior...
Luzia Ditzz,
Campinas 29 de janeiro de 2014.