De volta
De perto não se esconde, mas também não parece estar;
Distante, aonde a luz lhe esconde os olhos, toca-me a face;
Partindo e correndo quando já não se espera por nada e nem adeus
Desfeito as promessas e as pazes, desacreditando da felicidade e da fragilidade
Fazia dos passos lágrimas avessas da esperança
Corria e chorava sem rumo, sem vez, sem nem querer parar, sem esperar que parasse;
Saltou metade do tempo, retrocedeu e voltou à corrida;
Sempre com o olhar preocupado e mãos vazias;
Sempre com coração em chamas e parábolas rasgadas;
Não cansava, não desistia e não alcançava;
Contei seis vezes, depois me perdi nos números e nas canções;
O pedido era o mesmo e a culpa também, mas não eram as mesmas coisas
Mudava a roupa e a cor dos cabelos, e os saltos, sempre os saltos;
E da ultima vez, quando não sabia mais a quem controlar, não voltou
Mas suas coisas e retratos permaneceram intactos.