AS MÃOS NO PEITO MASSAGEIAM AMORES VIVIDOS
As mãos no peito massageiam amores vividos
um breve instante de dores e amores sente
A régia flor depositada em vaso de cerâmica vinga
nasce dela outra flor que anuncia as abelhas que chegam
Pelas avenidas, ruas e vielas passam
transeuntes absortos em pensamentos confusos
Loucos poetas e escritores da vida que vai
denunciam em prosas e romances anunciados
a velha e torpe etiqueta ensinada nas escolas dominicais
Parcas e esquecidas vidas nos casebres mal comem
Nos bordeis e prisões lotadas de seres marginalizados
consome-se o álcool e o tabaco que lhes levará à sepultura
Tudo e todos comercializados a preços inflacionados
Na tv esbeltos e turbinados corpos despertam desejos contidos
Nos cemitérios sonhos adormecidos descansam em paz