REVENDO A VIDA
Quantas paredes erguidas
Sob a comunheira de tua casa…
Quantas molduras congelaram
Tuas vidas retratadas...
Quantas trilhas esquecidas
Nesta tua longa jornada...
Quantas palavras engolidas
Que mesmo em silencio foram profanadas...
Quantos suspiros sentidos
Vindo de um coração abandonado...
Quanto tempo perdido
Muitas vezes, para nada...
Quantos sorrisos enrustidos
Deram abrigo para a invernada...
Mas o tempo foi passando
E as horas transformadas...
E nos alicerces de tua casa
O amor se fez morada...
Nos porta retratos
As lembranças foram visitadas...
E as palavras jogadas ao vento
Foram recolhidas...
Os suspiros de lamentos
Fizeram-se juramento...
E nas trilhas que pisastes
Refizesses em pensamento...
E o tempo que juravas perdido
Fizeram-se testamento...
E o sorriso se fez presente
Dando sentido para seu firmamento.