A NÉVOA DA NOITE SE FEZ SENHORA DO SEU DESTINO

A névoa da noite se fez senhora do seu destino

Despido da empáfia e dos arroubos em tudo seu

não tardou em entender que a correnteza

que descia dos céus e a tudo lavava e levava

viu-se tomado de extremo medo nunca antes sentido

A aurora descansava a espera do seu turno

Não se anteciparia em socorro daquele vivente

que em tempos já esquecidos e tristes que foram

Não pode em seu socorro dar graça de vida

Outros mais, como ele, já não mais respiravam

O tempo que passou levou consigo dívidas e créditos

reais e mesmo morais

O jovem em tudo virgem e preza fácil aos falastrões

por veredas caminhou sem direção que conhecesse, deitou-se

Uma leve brisa acariciou-lhe e o beijou suavemente