A LUXÚRIA DA CARNE REALIMENTA O DESEJO DE VIDA
A luxúria da carne realimenta o desejo de vida
outrora disse a deusa no topo do seu olimpo
Em estrondosas gargalhadas, desvanecida
e senhora das vontades humanas,
entregou-se ao mortal que da vida nada sabia
Um rapazote, um ingenuo rapazote
que sem sequer saber para aonde ia,
não tardou por se deparar com o lobo
que o aguardava desde que ao mundo pousou
Fragmentos dispersos nesse universo sem estrelas
Toda noite, feito coruja que pousa a observar quem passa,
entregou-se a pensamentos que o arrastaram para o infinito
Nunca mais viu sol ou lua
A névoa da noite se fez senhora do seu destino