Contos de um sertanejo

...Pinerá, pinerei

cuma pinêra de taquara, pinerei, e muito

arroz, feijão milho e café.

-Numa roça,onde quase tudo era permitido,andar discarso,nadar pelado no corguim,montar em pêlo no lombo dos animar.

-Vije maria!

-Condo chegava noitinha o isqueleto tava inté bambo, as marcas da labuta,dividia espaço com a fome e o leito de tabôa.

-Lambari,eh-eh-eh!

-Lambari, o meu cachorin de istimação, vinha de mansin,lambendo meus pés.

-Ah!

-Isso sim, era bãu dimais,me sintia em paiz ,mesmo com o lombo ardendo, quarado com sor do dia.

- Me sintia forte, o bichin?

- Ah o bichin, finin coitado,de tanto subi e descê os morro da roça, este sim, era um amigão.

-Lamparina acesa num cantin do rancho,iluminava a vida,lembrando mais um dia que ali, se incerra.

-Um radin de pia tocava incostado na pratilêra.

Água quente na panela, bãi de bacia, retirava o suor do dia.

- A lenha, istalava no fugão assando a broa,nas cinzas quente, uma batata doce pro café da manhã.

Sissapoetisa
Enviado por Sissapoetisa em 28/01/2014
Código do texto: T4668521
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.