S O Z I N H A

Estranho me sentir tão só no lento tempo da vida

Se a minha volta todos juram me amar

Adulam-me me chamam: "querida"!

Há dias que nem falam comigo, aí eu deixo prá lá!

Ora certa, ora na trilha, ora apenas perdida

Lembro-me dos dias alegres e daqueles em que sofri

Uma outra vida passada e esta agora imprecisa

Dormi ontem a meia noite, as três me surpreendi

Chamava-me baixinho uma voz tão, mas tão conhecida

Levantei-me e abri a porta, a porta do coração

E uma voz do passado me diz:

"- Não, não foi engano, perdão!"

Sei que era eu mesma, nem ligo...

Assim, eu sigo nem solitária e tão só

Saio de manhã, a tarde e a noite desligo

Ninguém por perto, tem algo melhor?

Mas eis que uma multidão já me segue

Pergunta-me: "- aonde vais, criatura"?

Vou para aonde não sei,

Vou para um lugar, um talvez

Vou ficar só um pouquinho

Vou me fazer um carinho...

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 27/01/2014
Código do texto: T4666374
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