O Tempo Surge, Muge e Urge
Ouvia restos de histórias célebres
Perdia bocas sangrando batom
Havia gestos, risadas e empáfias
Havia tenros pedaços de pão
E eu me deixei dormir.
Sabia liras, todas; assoviava-as
Lia mestres de inquebráveis espelhos
Aos metros, medições delirantes
Passivos instantes, coleiras a postos
E eu me deixei descansar.
Pecado parvo, oculta mentira
O verde bojo, coberto com nojo
Havia escada sem sul, menina
Dava pra ver!
E eu me permiti relaxar.
Nos lidos álbuns, disfarces traçados
Relia sombras de meros passados
Imagem clara ou rosto esnobe
Da vida, patrícia; meandro polido
E eu me deixei estar.
Só não podia navegar no amargo
Só não queria estar do meu lado
Só não sabia estar em coma
Só não sentia esvair o pólen
E eu me deixei partir.