DESCONTROS DA VIDA DESUMANA, ME-TA-EU-FO-RI-CA-MEN-TE

Caminho com meus próprios pés,

Embora não veja o chão.

Exercito a mesma fé,

Sem dividir o mesmo pão.

Quem quiser pode me seguir,

Eu não sei para onde ir.

Sei de cor o caminho

Que vai dar na involução.

Aprendi a usar a razão,

Descartando o coração.

Se quiser ser meu amigo,

Sou coisa pra se guardar,

Com menos de sete chaves

Em qualquer lugar,

Menos do lado esquerdo do peito.

Mesmo que o tempo e a distância digam não,

Pode esquecer a canção.

O que importa é caminhar em outra direção.

Seja o que vier,

Venha o que vier,

A gente vai se desencontrar.

É a vaidade, meu caro,

Já dizia certo poeta renomado,

Por minha interpretação presunçosa e presumida,

O verdadeiro fardo desta vida.

Cris Sozza
Enviado por Cris Sozza em 23/01/2014
Reeditado em 30/09/2016
Código do texto: T4661623
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