DESCONTROS DA VIDA DESUMANA, ME-TA-EU-FO-RI-CA-MEN-TE
Caminho com meus próprios pés,
Embora não veja o chão.
Exercito a mesma fé,
Sem dividir o mesmo pão.
Quem quiser pode me seguir,
Eu não sei para onde ir.
Sei de cor o caminho
Que vai dar na involução.
Aprendi a usar a razão,
Descartando o coração.
Se quiser ser meu amigo,
Sou coisa pra se guardar,
Com menos de sete chaves
Em qualquer lugar,
Menos do lado esquerdo do peito.
Mesmo que o tempo e a distância digam não,
Pode esquecer a canção.
O que importa é caminhar em outra direção.
Seja o que vier,
Venha o que vier,
A gente vai se desencontrar.
É a vaidade, meu caro,
Já dizia certo poeta renomado,
Por minha interpretação presunçosa e presumida,
O verdadeiro fardo desta vida.