Bêbada Alma...

Que eu possa beber da taça da Vida a

Goles sortidos, sorvidos de verdade...

Que sejam intensos...que sejam muitos...

Que não sejam poucos...nem mornos.

E que dos goles que bebi, nada reste de

Arrependimento, nem medo.

Mas de verdades.

Forjadas na embriaguez da vida.

E que do gosto do vinho...

Reste o sabor das profundezas.

Onde estive.

E que do aroma...

Sobrevenha a memória da vida que escolhi.

Embriagada pelo Amor que bebi...

Que afinal desta taça eu tenha sempre,

Mais um gole,

Mais um gosto,

Mais um aroma...

Mais uma verdade.

Um amor... bebido.

Embriagado...manchado...

Pelas Verdades...

Que só encontro na Taça...

E que não é da Vida É

A Vida!

Não me julgue.

Esta embriaguez....que escolho.

Que presumes tão superficialmente...

Apenas teus pobres conceitos...

E que com a taça em punho.

Eu finalmente posso escolher...

Não ouvir tua morna sabedoria...

Por que afinal...

Embriagadamente sóbria.

Sei que ela é só tua...felizmente só tua....

A minha....eu bebo da taça...

Valeria Trindade
Enviado por Valeria Trindade em 27/04/2007
Reeditado em 08/06/2007
Código do texto: T465520