POEIRA AO VENTO...
Caminhei tão só....
Nenhum rastro de poesia encontrei...
Só poeira ao vento...
De repente pairou sobre mim a lembrança
De um riso longínquo de alguém que já se foi!
Não vi o mar...
Mas pude imaginar suas ondas beijando os meus pés.
Doce miragem em um caminho tão deserto.
Seguir assim sem os teus olhos
É perder-se além-dor, sem nenhum vestígio de vida...
Quem sou eu sem ti?
Sombras de uma outrora feliz
Ou as sobras do que restou de um sonho?
Correndo entre as horas implacáveis do tempo
Sou apenas rastros,pegadas, passos...
Sou quem sabe um rabisco de um verso interrompido
Que findou-se ao menor sopro de um destino incerto.
Poeira ao vento... É tudo que sou... Foi o que restou de mim...