Nas portas de minha alma

“Nas portas de minha alma

outra vez estão batendo (...)

Abri-las, sei que não devo.

Mas trancá-las não consigo

A quem bate minhas portas,

entreabro meu postigo.

Nas portas de minha alma

quero instalar um cadeado.”

(Jaime Vaz Brasil)

Há em mim tantas portas

Que me levam por inúmeros caminhos

Portas que se abrem

Portas que se fecham

Quando se abrem, um novo caminho se adentra em mim

Quando se fecham, para trás pedaços d’alma se dilaceram

Fora do meu corpo há apenas um grande átrio

Espaço vazio

Que não se preenche

Não se acerta

Não se encaixa

Não se percebe

Mas há em mim tantas portas

Que trazem consigo chaves e trancas

“Nas portas de minha alma

quero instalar um cadeado.”