Sempre fico triste se alguém faz troça ou galhofas, quando lhe indico um caminho do bem;
Quando adultos e jovens se drogam, desperdiçando as oportunidades oferecidas pela vida;
Quando vejo alguns governantes, que se julgam deuses, abusarem dos seus semelhantes;
Ao constatar que valores que nortearam minha juventude, já não servirem para mais nada;
Ao tentar ver o fim das enormes filas, daqueles que procuram na previdência, cura para seus males;
Ao ver o nosso povo acuado e amedrontado, enterrando seus filhos, enquanto a lei dá regalias e beneficia os malfeitores;
Quando os políticos usam a política como meio de enriquecimento ilícito, e o povo apático aplaude suas mentiras;
Ao ver o nosso pais, ser espoliado e saqueado por políticos que desviam bilhões, enquanto milhões se contentam com as migalhas;
Quando se gasta bilhões para promover as folias e as farras eleitoreiras, enquanto o povo sem educação, saúde e segurança, vai tombando diante do cotidiano violento e medíocre, que aceitou;
Fico triste ao ver as multidões se acotovelarem num êxtase quase profano, para aplaudir e festejar a insensatez do circo que lhe oferecem;
São tantos os motivos de minha tristeza, que muitas vezes, diante de algum fato, fico mudo. E enquanto lágrimas escorrem rosto abaixo, ainda tento abafar um soluço que tenta sair, para cair no vazio da insensatez humana.
De um povo que parece ter perdido há muito tempo, a sua humanidade.
13/01/2014-VEM