O VERSO NUM VERSO de: Osmarosman Aedo
Eu vi tuas inversões de valores
Amostrarem tanto valor aos teus anversos
Que mesmo um mais simples evento
Transforma-se em deificação
Diante de tanta magnitude que há,
Em tua hipólita personalidade...
Eu vi tuas lágrimas de amor sofrido
Recomporem-se
E macias como a pele que as ampara,
Dobrarem-se aos encantos
De teu próprio e contagiante sorriso, num lume
Que estrela alguma era capaz de emitir...
Eu vi os olhos que tanto tuas mãos cuidam
Protegendo-os das impurezas de fora,
Dispersarem-se por entre e por sob formas
Quais, em tempo algum houve um tempo tão longo
De colheita do bem de quando dispusestes
Semear gratidão, neste envaidecido e colossal planeta.
Eu vi quando dia desses
Ao fitar o horizonte, o teu “por-de-maravilhado”
Rendeu-se à noite úmida por beijos
Que carregava em teu ventre ainda em penumbra,
Uma lua tão menina que, certamente,
Qualquer poeta a desenharia com inauditas palavras...
Eu vi um pássaro de voo perdido
Tomar forma de homem em tua imaginação
E uma borboleta adulta, extrair da compreensão humana,
Razões suficientemente nobilitadas, para omitir que alí,
Havia um casulo em formação,
E não uma mãe sem distinção conferida...
A vi esconder-se da luz
Pelo simples fato de possuir tanta,
Que preocupada com a vez da escuridão
Iluminou tão somente sombras solitárias com os faróis do teu coração...
A vi tocar um caule...
Este fortalecer-se até tornar-se frondoso,
Depois enriquecer-se árvore e promover-se flor,
E esta, num passe mágico, conceber-se fruto
Para que deste, uma nova semente
Qual incansável, retornará a você pra tudo outra vez...
A vi com sono, deitar-se
E mais uma vez ceder a vez ao sonho,
Só pelo prazer e honra, de pela manhã
Vê-lo sorrir e contar, quem sonhou com você.
Eu vi quando você amou... suntuoso demais.
Osmarosman Aedo
2.000 e Nós