FINITUDE
Sois o faminto da lavoura
Sois a água ardente
que desce à garganta seca
e tilitinta no estômago parco
Às favas, às favas
frívolas donzelas à missa hipócrita
Terços à mão e desejos ocultos
às pernas passeiam
Basóficos senhores
baforam charutos comprados à sangue
Imensas terras sois seus donos
ao cemitério o trono lhes espera
e os vermes farão o banquete
O séquito já se foi
sois o cadáver só e inerte
já não mandam mais
as frívolas donzelas
sorriem ao moço que passa