Soube que encontrou a felicidade.
Não sejas egoísta ao ponto,
Não sejas egoísta ao ponto,
de negar o pedido,
de uma moribunda no leito.
Fale-me,
Fale-me,
balbucie no meu ouvido,
explique como é viver intensamente,
esta sinestesia de amor?
Conte-me,
explique como é viver intensamente,
esta sinestesia de amor?
Conte-me,
imploro de joelhos se preciso for,
pois afinal para quem tanto
se humilhou,
pois afinal para quem tanto
se humilhou,
farei isso mais uma vez,
se preciso for.
Não omita,
se preciso for.
Não omita,
não minta mais,
este é o último desejo de quem jaz.
Diga-me,
Diga-me,
qual o olor dos cabelos da outra,
como é o frescor do corpo inteiro,
como é o frescor do corpo inteiro,
se foram minutos ou horas inteiras,
de desejos satisfeitos,
envoltos com a liberdade trigueira.
Não se nega um pedido,
Não se nega um pedido,
a quem nada tem para oferecer,
além do ansiado adeus libertador.
Fale-me!
Fale-me!
Qual a cor dos olhos da felicidade?
Pois eu os imaginei:
Pois eu os imaginei:
verdes cor do mar,
esperança verde,
esperança verde,
negros iguais aos teus.
Grite-me,
pois O Corvo já delineia meu leito.