"Ele" optou pela alegria.
Em altas madrugadas frias,
serão enfim um do outro,
envoltos no criptar da lareira.
Resolveu ser feliz a sua maneira
sem ao menos me perguntar,
se eu entenderia ou perdoaria.
Serão felizes finalmente!
Werther já tinha isso vivido!
"Ele" abandonou o passado,
em que eu e tantas outras viviam .
Quase no meio do livro,
descobri nas entrelinhas,
que eu era a intrusa na história,
sequer existi no sumário.
Werther escreveu suas cartas
bem antes das minhas.
Ele constatou por primeiro,
quão solitário é,
vagar com alma impar pelo limbo.
Independente do século em
que os poetas "sobrevivem",
.
Wherter já o sabia!
Então,
não me venham agora falar,
em felicidade compartilhada.
Já collhi o quinhão de ilusões.
Quero também a calmaria!