Árvore da vida
Àquela garota me ensinou a sangrar sem cortar-me,
ela sorria como a vida e me derrubava como a morte,
enquanto eu pensava que a amava ela brincava com
meu sentimentos, eu era frágil e ela tola.
Tudo que sei é que eu era feliz, tornando-me assim
apenas um passageiro aprendiz.
A garota cresceu, seus olhos ainda brilham, mas não aqui.
Hoje a relembro sorrindo, tornei-me tolo e ela frágil.
Mas não iremos brincar de morte, viver para sofrer,
ou buscar a sorte.
O melhor é lutar, mas não entre nós,
apenas contra os únicos que poderão nos derrotar,
vossos corações, por que enquanto tivermos o poder de sentir,
teremos o de controlar a dor.
Agora está tudo bem, sabemos o que aconteceu e
prendo-me apenas à sorrir, talvez não se trate de perdoar,
só de aprender a nos dá com uma nova cicatriz.
No fundo ninguém é santo, pois machucar,
nem sempre é consciente quanto amar, eloquente
quanto acreditar, ou fortuito quanto se apaixonar.
E um mero aprendiz, aprende a chorar sorrindo
e a regar com lágrimas o passado, para que no futuro
as dores se tornem apenas frutos apodrecidos que irão cair,
de um imensa e bela árvore chamada vida.