Feliz Ano Novo!
Hoje queria possuir o dom divino de escrever. Nesta manhã quase janeiro eu fico assim: sem destino certo. Querendo descrever o aroma gostoso da vida. Queria aportar nos braços do tempo e ser eterna. Eterna e envolvente. Queria ser eterna no tempo e esse momento que descrevo deveria não acabar nunca. Mas não tenho o dom da escrita. O que escrevo são rabiscos soltos; são lamúrias de amor; são desejos infindos. Ah, se possuísse o dom da escrita diria em palavras sublimes dessa inquietação que não cabe em meu peito. Diria que quero deitar-me nos ombros do mundo. Diria que desejo ser chuva fina que cai no ventre da terra. Diria que quero mais que tudo ser sol de meio dia. Brisa de fim de tarde. Mar. Montanhas. Vales. Abismos. Vento. Lua. Noite. Manhã. Mas só tenho esses rabiscos para dizer que a vida nem sempre é um mar de rosas, mas, que de repente, tudo acontece. De repente da terra seca brotam ramos. De repente do calor cai agua fria. De repente na raiva se vê amor. De repente na solidão enxergamos um caminho. De repente a vida que era árida, serena em raios de luar. De repente o rio muda o curso, mas, chega sem querer ao mar. Como diz o poeta: “Não mais que de repente”!
Feliz Ano novo a todos os meus amigos, que em 2014 as luzes da vida brilhem em cada coração. Abraço carinhoso.