Toda estrada tem seu fim

As vezes ,enfim, o fim acontece. E nem sempre, então, é um querer ou sabe-se o momento que o precede. E assim, pouco a pouco não é mais soma, e sim distância ... Que já não mais significa algo a ser vencido. E aqueles "breves encontros seguidos de eternas despedidas" já não são tão mais efêmeros assim, quando nos deparamos com um verdadeiro adeus, que não é nem um pouco leniente com plurais.

Em algumas ruas do centro, em meio a sinais e cruzamentos um carro é mais um entre tantos a seguir vagorosamente por destinos. Seu velho e valente motor, agora, ronca mitigado por vias estreitas, não é desafiado por ultrapassagens perigosas, curvas sinuosas ou longas distâncias.

Longe de seus pneus finda-se a estrada sob as luzes da escuridão de mais uma noite. Nas margens da pista, placas esperam um feixe de luz para indicar algum destino já demasiado conhecido. Ou meramente uma mensagem de " volte sempre". Mas "sempre" é palavra tão inexorável perto de formas que já começam a perecer.