Bandeira
"Seja mais discreto"
Não adianta. Dou "bandeira".
E foi assim. Só nós (e todos, em peso, arroba por arroba) ou sabiam ou tinham certeza.
Mas nós, éramos nós.
Nós. Atados. Um ao outro. Um a um.
E rompemos.
Nós.
Um a um.
Desta vez, fui discreto. Dei Bandeira:
"Amor, chama. E depois, fumaça. O fogo vem, a chama, passa..."
"E de que me adianta a paisagem, a baía? Se tudo o que eu vejo é o beco?"
"O que não tenho e desejo, é o que melhor me enriquece. Tive dinheiros, perdi-os. Tive amores, esqueci-os. Mas no maior desespero, rezei. Ganhei esta prece".
Não esqueci. Não de ti. Não de tudo o que me disse, a cada hora, a cada passagem. Não esqueci de teu cheiro em minha roupa, tua voz em meus ouvidos.
Não te direi mais nada, mas saiba: te amo ainda. Seja como for, com quem for, por onde for.
Não há mais bandeira. Só à meia-adriça, por este amor.