O Vermelho da Escolha

Nenhuma dor é dor quando se transforma em vácuo,

Quando seus pensamentos não têm significado, nem peso.

O que importa seu desejo se não há forças para concretizá-lo

Ter várias janelas e não ter coragem de pular sobre nenhuma

Ter uma porta sem a vontade de abri-la e ir para o desconhecido

O que é ter tudo nas mãos sem determinação?

Apenas um nó na sua garganta, forçando no incômodo

Prendendo o sangue de circular e amarrotando seu cérebro

Fazendo com que os glóbulos se espalhem sem pena

Encharcando seus pensamentos e afogando seus sonhos

Fazendo um naufrágio por tudo que você almeja...

Lentamente tudo vai se afogando, se perdendo,

Fazendo sua vista escurecer, sem ver nenhum sinal

Nenhum socorro aparente, algo imediato para o salve

Você vai cedendo tão sutil, aceitando a morte aos poucos

Sentindo depois de todo o naufrágio o sangue descendo o ralo

Voltando no declive, depois de você ter cedido ao nó.

Deixado ele te enforcar do jeito mais envolvente.

No estrago já feito, você sente a mudança trêmula,

Rasgando entre o que sobrou para que não reste resquícios

Qualquer rastro de esperança é totalmente abominada.

O ácido que trafega entre o vácuo pós-suicídio é terrível

Tudo foi totalmente destruído e retirado de seus lugares

O que lhe resta é esperar seu psicológico recuperar-se

Catar o que sobrou, e ver o que ainda pode ser aproveitado.

Nada voltará ao seu formato original, as escolhas fizeram você.

E as consequências que tens sobre elas é fatal.

Waleska Manik
Enviado por Waleska Manik em 26/12/2013
Código do texto: T4625883
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