Peregrino

Vagueio pela terras do sul e do norte

Não encontro paradas

só paro e penso nas encruzilhadas...

Sigo por caminhos

onde o vento insistentemente sopra

deixando minhas vestes,

meus cabelos em desalinho...

Sigo por rumos onde a aridez dos olhares

invade minha alma,

congela meus sentimentos

nos redemoinhos da estagnação...

Sigo como viajante peregrino

por terras de intermináveis paragens...

Muitas vezes em andrajos

outras em rutilantes vestimentas

revelo a cada instante

todas as facetas do meu ser...

Não consigo parar...

Não sei como frear os passos e

aquietar-me em qualquer braço e

sorver a essência da comunhão...

Sei apenas que sou peregrino

Caminho entre os rumos

e descaminhos da solidão...

Imersa no trânsito

de sentimentos à procura

das muitas verdade de meu ser...

Sem ponto de chegada

ou tempo de parada

voo com o vento

assumo as vestes da brisa...

Sigo adiante

no sorriso

na lágrima

na transitoriedade do instante

que dia a dia passa e

que insistentemente me diz

que nada se repete jamais

e que mesmo assim, ainda é possível

ser feliz...

Ana Izabel JS
Enviado por Ana Izabel JS em 20/12/2013
Reeditado em 21/12/2013
Código do texto: T4619781
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