Fábulas angustiadas

Ela que traz aquele sentimento nostálgico, esfaqueia e arranca a saudade dos antros mais profundos do peito. Distorce, sim distorce, o que conhecíamos de amar e odiar pelo bem de contar uma boa história. Lembrança, que querendo ou não, vai ser contada como fábula e recebida como uma história de heróis pelos mais novos, afinal só as mais inusitadas resistirão ao tique do relógio e o resto perecerá para as limitações de nossa limitada ferramenta de pensar. Dentre muitos paralelos e interlúdios do fogo que arde em meio a equívocos e falhas, da angústia que some quando uma memória morre. Angústia causada pela dor da lembrança, lembrança da verdade que não mais é. Saudades do tempo acarretadas pela dor e do pecado de querer de volta algo que nunca fora seu. O tempo corre e escorre por dentre os dedos antes que o próprio homem perceba, momentos não voltam e nunca hão de voltar.

Gabriela Matos
Enviado por Gabriela Matos em 16/12/2013
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