Através do universo
Olhos fitos nas claras estrelas
Constelações inteiras sob nossas cabeças
São apenas poeiras
Mas há quem delas façam poesias
Quanto a mim, não posso
Estão muito longe
Não me fazem saudade
Não me fazem pena
Só faço poesia, verso, rima
De quem, pra quem está perto
Ou quer estar perto
Ou para as estrelas culpadas
Que enchem-me os olhos de luz
E se apagam ao amanhecer
Talvez a platonicidade seja assim
Distante;
constante;
consoante;
Sempre ímpar:
Imparcial.
Não sei, não gosto de estrelas.