Amarelo

Das flores

que dou

arranco sem dó

do campo

de afago

amargo

desgosto

sem doce.

O cheio de mato

que mato

ao arrancá-las.

Não deixe-as

morrer,

embrigadas

pelo próprio

cheiro

ou por um beijo

de um beija-flor.

Poupe-as

do amarelo

da face morta

do jazer

em meus vasos.

Apenas

sepultem-nas

nas folhas

dos meus livros

trágicos.

Exorcista
Enviado por Exorcista em 12/12/2013
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