CINCO HORAS DA TARDE

Às cinco horas da tarde

Religiosamente às cinco horas da tarde

Ela saia da posição por qual ficara a tarde inteira

E se resguardava em sua casa para banhar-se

Era assim que tinha que ser

Assim se comportava uma mocinha

Assim se comportava uma criança

Dizia minha tia

Enquanto nós todos brincávamos

Ela passava

Às cinco horas da tarde

Exalando perfume pelas esquinas

Mas, às cinco horas da tarde

O sol começava a se por

E exatamente às cinco horas da tarde

Sua mão descobria o seu corpo

Às cinco horas da tarde

Precisamente às cinco horas da tarde

Todos começavam a retornar

E ela sabia que era hora de entrar

Todas as tardes

Às cinco horas da tarde

Ela entrava na sua casa, saia da sua varanda

E tudo pontualmente às cinco horas da tarde

Ian Lopes
Enviado por Ian Lopes em 10/12/2013
Código do texto: T4606785
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