Papo campestre no bar da sela
E como não fui treinado para ser montado, jamais cederei para calabre algum tentando fazer-me de tiro
à puxar carruagem.
Mas certo que me fodo para pensar e não terão dó para me foder, confesso que
no restar de meu último frasco vertendo-se para meio cálice e,
justamente,
na gota de maior sede, lá estava eu, curvado no balcão à passos cambaleante e, nem por isso, desprevenido, mas já precavido e de caso pensado,
em meu pensamento preparado,
veio à mente um papo embriagado e no mínimo campestre para
quem assim
ousou a me invitar que, recitar de igual para igual - trantando-se de "eu" congênere -, seria injusto negar-me de modo a não juntar-me à raça e,
por isso mesmo, fitei-o sujeito e com meu olhar firmemente expressivo, levantei o peito, entonei a voz e com altivez, lhe disse:
- Ora, ora meu caro rosilho e crina de pouca raça, assevero que,
"«Em se tratando de cavalos, não tomarei freio nos dentes»"
(Van Tófilli)