Papo campestre no bar da sela

E como não fui treinado para ser montado, jamais cederei para calabre algum tentando fazer-me de tiro

à puxar carruagem.

Mas certo que me fodo para pensar e não terão dó para me foder, confesso que

no restar de meu último frasco vertendo-se para meio cálice e,

justamente,

na gota de maior sede, lá estava eu, curvado no balcão à passos cambaleante e, nem por isso, desprevenido, mas já precavido e de caso pensado,

em meu pensamento preparado,

veio à mente um papo embriagado e no mínimo campestre para

quem assim

ousou a me invitar que, recitar de igual para igual - trantando-se de "eu" congênere -, seria injusto negar-me de modo a não juntar-me à raça e,

por isso mesmo, fitei-o sujeito e com meu olhar firmemente expressivo, levantei o peito, entonei a voz e com altivez, lhe disse:

- Ora, ora meu caro rosilho e crina de pouca raça, assevero que,

"«Em se tratando de cavalos, não tomarei freio nos dentes»"

(Van Tófilli)

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 08/12/2013
Reeditado em 10/12/2013
Código do texto: T4603309
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