Estranha necessidade
O que me faz pensar que eu certo ou errado?!
O que me faz pensar que eu esteja quebrado inteiro ou pela metade?!
(Êxodo, é assim que me tens; sentindo essa estranha necessidade).
(Creio que há um pouco de alguém por aí!)
Que sê-lo-ei um servo na boca da erudição.
E nos passos da estranha, que segue sem rumo e sem destino, sou a membrana semipermeável em súplicas a sucumbir por teu perigo.
E jaz que não posso acreditar no que sinto.
E jaz que o que sinto é de fato o que me causa medo.
E se há, poderei fingir?!
E se há, conseguirei enganar-me?!
(Sinto que há um pouco de alguém por aí!)
Fazendo-me exaurir pelo avesso.
Fazendo-me verter de incertas verdades.
Fazendo-me confuso em tornar-me de novo o absurdo.
E, mesmo que eu tente livrar-me por vaidade, sinto que já sou essa estranha necessidade, não podendo mais fingir e nem me enganar...
«Há alguém por aí que eu sinto saudades!»