Estranha necessidade

O que me faz pensar que eu certo ou errado?!

O que me faz pensar que eu esteja quebrado inteiro ou pela metade?!

(Êxodo, é assim que me tens; sentindo essa estranha necessidade).

(Creio que há um pouco de alguém por aí!)

Que sê-lo-ei um servo na boca da erudição.

E nos passos da estranha, que segue sem rumo e sem destino, sou a membrana semipermeável em súplicas a sucumbir por teu perigo.

E jaz que não posso acreditar no que sinto.

E jaz que o que sinto é de fato o que me causa medo.

E se há, poderei fingir?!

E se há, conseguirei enganar-me?!

(Sinto que há um pouco de alguém por aí!)

Fazendo-me exaurir pelo avesso.

Fazendo-me verter de incertas verdades.

Fazendo-me confuso em tornar-me de novo o absurdo.

E, mesmo que eu tente livrar-me por vaidade, sinto que já sou essa estranha necessidade, não podendo mais fingir e nem me enganar...

«Há alguém por aí que eu sinto saudades!»

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 08/12/2013
Reeditado em 05/06/2014
Código do texto: T4603133
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