Erva daninha

Estou sentado à beira de um rio,

Rio de mim mesmo,

com uma terceira margem, Guimarães.

Narcizo trás a sua imagem,

E me olhando no espelho água,

Vejo o teu rosto...Mágoa;

Súbto partistes,

Com malas iradas,

Roupas sujas, que nunca serão lavada,

E o meu coração na sola do sapato; Buff...Fato!

Choro quando chega a noite,

Relembrando o corpo que pesava a cama,

Trama de recalques;

A parede tinha mais teu corpo do que eu,

Que buscava abraçar-te como se precisas-tes de proteção,

Pulsão;

O pequeno principe acordou,

Não fosses responsável pelo que cativou,

Criando Baobás em todo meu planeta,

Matando a minha rosa,

Deixando-me deserto...

Mas amanhece o dia,

Encontro a sábia raposa da minha alegria,

De palavras retas,

Setas;

Não sinto dor, como se morfina tivesse tomado,

E uma felicidade me invade,

O sol inunda a sala,

Sorriu e grito que o meu planeta está vivo,

Só você era o Baobá na verdade.

Fernanda Valencise
Enviado por Fernanda Valencise em 07/12/2013
Código do texto: T4602502
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